domingo, 23 de outubro de 2011


A
mão que toca um violão, um piano ou qualquer outro instrumento, se preciso for, pega numa arma, puxa o gatilho, desfere golpes ou faz qualquer outro movimento. Se não for preciso, contenta-se em se deliciar com as notas musicais.
A mão que escreve poesia, conto, crônica, romance ou qualquer outro texto, se for preciso se põe a fazer qualquer outra coisa que não envolva palavras. Mas não sendo necessário, continua entregue ao seu prazer de buscar um jeito diferente de inventar ou reinventar histórias.
A voz que canta um canto qualquer, se necessário, rompe em brados de guerra a favor da paz. Mas se não for preciso, prossegue entoando canções antigas e novas, enquanto busca chegar, pelos ouvidos, aos corações e mentes de quem gosta de música.
Os olhos de quem olha céu de noite, se preciso for, se fecham e olham para o interior do poeta. Se não for preciso, continuam conversando com o silêncio da noite e as estrelas até se deixarem vencer pelo sono ou pelos sonhos do poeta... 

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