sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mensagem para um domingo distante no tempo


Ela não se sente sozinha ao meu lado. Nem se sente sozinha quando eu não estou ao seu lado. Ela é assim. Eu sou como sou, e ela, mesmo assim, gosta de mim.
Claro que temos nossas desavenças. Como as têm milhares de casais por aí. Não me atrevo a dizer todos.
Eu gosto de besteirol, ela detesta. Eu detesto documentário, ela adora. Eu gosto de ficção, aventura, animação. Ela prefere produções realistas, filmes de investigação, papo cabeça. Ocorre que, de quando em vez, o texto inteligente vem dentro de uma ficção, aventura ou animação... Ou os filmes realistas, de investigação ou papo cabeça têm algum elemento de que eu gosto. Pronto, formou.
Somos fãs de Clint Eastwood, Wagner Moura e outros monstros. E aí não importa o tipo de produção. Curtimos juntos.
Tenho minhas preferências. Ela, as dela.
Gostamos de esporte sim. Eu gosto de ver futebol. Ela, só na copa.
Não torcemos pelo mesmo time. O meu é “Ela Futebol Clube”. O dela, “Eu Futebol Clube”. Às vezes, esses dois times jogam um contra o outro. Mas o melhor de tudo é que nenhum dos dois ganha. Sempre empatam em dez a dez. E todo ano os dois são campeões.
Seis anos de casamento.