o dia em que Pedro de Alcântara,
erguendo a espada e a voz, gritou:
Independência ou morte!
Dizem que, desde então,
a pátria amada, idolatrada, salve, salve!
se tornou independente
que nem filho que casa
e larga a barra da saia da mamãe...
E a galera, à beira do rio,
saiu cantando sabe se lá o quê,
mas, com certeza, não foi:
Uh, tererê!
Porque a independência veio
e veio a morte também
inclusive para o rapazinho
que era pai daquele velhinho
parecido com Papai Noel.
O fato virou história,
entrou para as páginas
dos cadernos e livros das crianças
e virou até samba do crioulo doido.
Faz um tempão que morreu
aquela turma toda.
E o gigante pela própria natureza
continua em berço esplêndido
dormindo e sonhando
com a independência de verdade...
O povo heróico, hoje,
conserva, por tradição,
aquele brado retumbante
mas aprendeu outros gritos
até mais fáceis de lembrar:
"Ah, eu tô maluco!
Vai, Lacraia! Vai, Lacraia!
Toma, toma, toma, toma!"
Oi, estou começando a ver está bom, gostei das poesias.
ResponderExcluir